domingo, 18 de setembro de 2011

ALMS Laguna Seca–Vitória da Aston Martin, título para a Dyson Racing com gostinho de F1.

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Equipe surpreendeu pela vitória.


por Fernando Rhenius http://bongasat.blogspot.com/

A corrida prometia. Além do belo duelo entre as equipes Muscle Milk e Dyson Racing que se revezavam nas vitórias neste ano a adição da equipe oficial da AMR prometia deixar tudo igual. Dois AMR x dois Lola Mazda. E assim se fez os quatro carros sumiram na frente do pelotão e ficaram se ultrapassando mutuamente. Porem nem tudo são flores e antes da corrida começar o Lola #16 de Chris Dyson, Guy Smith e Jay Cochran tiveram que voltar as pressas para os boxes para pequenos reparos. No início da corrida o carro mantem a ponta mas aos poucos perde velocidade e cede a liderança para o outro carro da equipe que era pilotado por Mumaid Al Masood, Steven Kane e Butch Leitzinger que são outros pilotos desde que ganharam a prova em Baltimore. O outro postulante ao título o Aston da Muscle Milk enfrentou problemas mecânicos ausentes em toda a temporada e que custaram 50 voltas nos boxes perdendo todas as chances de vitória ou de um bom resultado. Acabando em 32º.

HPD da Level 5 mesmo correndo sozinho teve bom desempenho.

Por outro lado o #007 comandando por Adrian Ferandez, Harol Primat e Stefan Mucke nem pareciam os mesmos pilotos que desapontaram em Silverstone não deixaram os carros da Mazda escapar e só ganharam a prova por um erro bobo do terceiro piloto do carro #20 Jay Cochran que a poucas voltas do final depois de uma troca de pneus acabou rodando na tradicional curva do saca rolha deixando o caminho livre para a vitória do AMR oficial. Mas ai entra o famigerado jogo de equipe que sempre foi criticado por qualquer torcedor sério do automobilismo mas que aqui foi feito nas últimas consequências o que não é de todo mal quando se tem um título em jogo faltando poucas voltas para o final. Assim a equipe chamou o #16 para os boxes deixando o caminho livre para Jay se recuperar e “vencer” já que o o #007 não estava competindo por pontos. E assim a equipe Dyson Racing que por vários anos foi uma equipe secundária e que depois de um forte investimento da Mazda ganhou de forma convincente vencendo um carro (AMR da Muscle) dito mais rápido. A Mazda acertou em privilegiar a ALMS a Rolex em seus futuros investimentos em automobilismo. E mesmo tendo feito este jogo de equipe acertou em decidir o campeonato agora e não em Petit Le Mans aonde as coisas serão bem mais complicadas com mais equipes na LMP1 competindo.

Genoa Racing fatura a vitória na LMPC

Na classe LMP2 a equipe Level 5 fez uma boa estreia com seu HPD terminando em 4º na geral e mesmo correndo na classe sozinha usou a prova como um ótimo laboratório para Road Atlanta. Entre os Orecas da LMPC a disputa como de costume foi intensa em vários turnos da corrida culminando com a vitória do #63 da Genoa Racing com Elton Julian, Michael Guasch e Eric Lux sobre o #6 da Core Autosport.

Porsche mostrou força e venceu entre os GTE-PRO

Entre os carros da classe GTE-PRO um duelo dos bons entre a Ferrari da Rizi Competizione e o Porsche da Flying Lizard que se estranharam por várias vezes durante a prova chegando a receber um pito por parte da direção de prova. O melhor momento foi na descida do saca rolha aonde os dois carros ficaram literalmente se batendo até a reta dos boxes. Jaime Melo em dupla com Toni Vilander teriam ganho a prova mas para poupar combustível na última volta acabaram superados pelo Porsche da dupla Bergmeister e Long além do BMW de Dirk Muller e Joey Hand. Mesmo terminando em terceiro a Rizi Competizione foi desclassificada sendo adicionado ao seu tempo 90 segundos por conta dos toques e fechadas que deu no Porsche #45. Assim terminou em 6º na sua classe. Novamente não foi um bom final de semana para a equipe Jaguar. Bruno Junqueira com o carro #99 deu apenas 186 voltas enquanto o #98 deu apenas 5. Mesmo com a vitória da Porsche o título da classe ficou nas mãos da BMW com os trunfos de pilotos para Muller e Hand e obviamente de construtores para a marca alemã. Vale destacar também o ótimo desempenho do Porsche #911 o famoso Porsche híbrido que correu apenas para testes e pelo número diminuto de paradas nos boxes acabou a frente de todos os carros GTs. Não encontrou problemas e fez apenas paradas de rotina.


TRG ficou com a vitória na GTC

Já na classe GTC a vitória ficou com o Porsche #23 da equipe TRG com os pilotos Duncan Ende, Spencer Pumpelly e Peter Ludwing. nesta classe a decisão do título ficou mesmo para Petit Le Mans. E o que esperar da última prova do campeonato? Além da disputa entre Peugeot e Audi a briga na classe GT-PRO e LM2 deve ser intensa.


O melhor e pior da prova.


Risi Competizione – Poderia terg anho a corrida. Mesmo com os problemas de combustível e a afobação de Jaime Melo mostrou que o a equipe voltou as primeiras posições e fez uma ótima batalha com o Posche #45 da Flying Lizard.



Porsche 911 Híbrido – Poderia parecer obvio o #911 chegar na frente dos carros “normais” já que fez menos paradas nos boxes. Mas não é apenas isso. A Porsche resolveu os problemas de confiabilidade e quando o carro for homologado poderá fazer o mesmo estrago que o Diesel fez entre os protótipos. É esperar para ver. 


BMW – Vencer um campeonato como o da ALMS com pouco mais de 3 anos de idade que é o tempo da BMW na categoria não é para qualquer um. Mesmo que a equipe não continua no endurance ano que vem provou que bom planejamento e dedicação são recompensados com vitórias.


Dyson Racing – Mereceu o título mesmo com o jogo de equipe nas últimas voltas da prova. Mesmo tendo apenas 1 adversário durante toda a temporada mostrou um desenvolvimento incrível se comparado ao ano passado. Mereceu o título.


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