"Nunca tinha guiado outro Super 2000 antes de guiar o Fiesta pelo que, à partida do Rali de Monte Carlo, e apesar dos testes, muitas coisas era ainda novas para mim. Para começar, tive que me lembrar constantemente que os S2000 têm seis velocidades, enquanto os World Rally Car têm apenas cinco. Mas, tirando este 'pormenor', não se pode dizer que os dois tipos de carros sejam, na realidade, assim tão diferentes, se nos conseguirmos abstrair que os S2000 têm menos potência e menos electrónica disponível. De algum modo, são mais fáceis de guiar que o Ford Focus que guio normalmente no Mundial, sobretudo, nas curvas mais rápidas dos traçados onde a velocidade dos WRC ainda é bastante superior. No entanto, nos carros do IRC, se se fizer o mais pequeno erro de condução perde-se muito mais tempo pois, devido à falta de binário, é preciso recorrer à caixa de velocidades e começar a acelerar novamente. Por esta perspectiva, o Fiesta é mais exigente e exige mais trabalho e atenção pois, por exemplo, quando se chega a um gancho exige também mais reduções que o Focus. Às vezes e nalguns lugares específicos tornam-nos realmente 'ocupados', mesmo senão conseguem transmitir as mesmas sensações de adrenalina de um WRC. E já agora um segredo: tenho pena o programa do Mundial de Ralis seja tão carregado pois gostava de fazer mais provas do IRC este ano!".
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