segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Grand -Am: 24h de Daytona: Zonta é o melhor brasileiro na prova


Vinte e quatro horas, 755 voltas, 17 bandeiras amarelas, 13 líderes diferentes e chega ao fim a 48ª edição das 24 Horas de Daytona, uma das corridas de endurance mais tradicionais do planeta. Na categoria DP (protótipos), a vitória neste domingo (31) ficou com a equipe Action Express Racing dos pilotos João Barbosa, Terry Borcheller, Ryan Dalziel e Mike Rockenfeller. Na GT, Jonathan Bomarito, Nick Ham, David Haskell e Sylvian Tremblay foram os campeões, terminando em oitavo no geral.

O paranaense Ricardo Zonta, que correu ao lado dos pilotos Nic Jonsson, Tracy Krohn e Colin Braun, na equipe Krohn Racing, foi o melhor brasileiro na disputa, finalizando em quarto lugar. Com o resultado, ele repete seu melhor desempenho na prova (em 2008 também chegou em quarto).

Nas 24 horas de disputas, Zonta esteve na pista em quatro oportunidades. No comando do protótipo Ford Lola de número 75, ele foi o responsável pela classificação da equipe no grid e partiu da nona posição. A prova, que teve sua largada no sábado (30), às 18h30 de Brasília, começou com bandeira amarela e pista molhada em virtude da chuva. Na quinta volta, foi dada a bandeira verde e logo Zonta começou a ganhar posições.

O brasileiro pilotou por três horas e chegou a liderar oito voltas. Antes de entregar o carro para o companheiro Nic Jonsson, Zonta também fez uma parada nos boxes para a troca dos pneus de chuva para seco. Quando voltou para a pista, com os pneus ainda frios, ele acabou escapando, mas sem danos para o carro. O brasileiro era o quarto no momento da troca de pilotos.

"Na largada, estava muito, muito molhado. Era dificil pilotar e ver a linha no traçado do circuito. Mas o carro estava bom e pilotei com segurança, porque não queria correr riscos e cometer um erro. Quando começou a secar, senti que os pneus do lado esquerdo estavam melhores que os outros, então mantive a velocidade, sem realizar a troca. Chegamos à liderança, o que foi muito bom para a nossa corrida. Fizemos a troca de pneus no momento certo. O único problema é que os pneus para seco, especialmente no frio, demoram a aquecer. Quando cheguei na curva 3, passei pela grama e escapei. Acho que o trabalho poderia ter sido perfeito, sem esse erro. Mesmo assim, fui pra cima e consegui chegar nos outros carros. Estava em quarto no momento em que o Nic assumiu", contou Zonta.

Em sua segunda saída para a pista, o brasileiro voltou a liderar, desta vez por 21 voltas (281-301), depois de ter recebido o carro em quarto. Ele pilotou por 2h08, quando entregou o carro novamente para Jonsson. Mas, logo que foi para a pista, o sueco sofreu um toque do carro de número 55 (Christophe Bouchut / Sebastien Bourdais /Emmanuel Collard / Sascha Maassen / Scott Tucker) e bateu na barreira de pneus, na curva 5, danificando a frente do carro.

Para fazer os reparos, a equipe Krohn Racing perdeu 13 voltas nos boxes. Na volta à pista, o time manteve-se na sétima colocação. Zonta voltou a guiar por mais 2h10 aproximadamente.

Na volta 602, o time enfrentou ainda mais um problema, quando Tracy Krohn pilotava, e perdeu quatro voltas para a troca da caixa de câmbio.

"Na segunda saída, o carro estava bastante ‘traseiro’. Quando parei para trocar os pneus, decidi mudar apenas os pneus de trás e o equilíbrio do carro melhorou bastante. Era um segundo mais rápido do que no início. Foi muito bom voltar a liderar e isso motivou a todos. Pena o Nic ter sofrido o toque logo depois", lamentou Zonta.

"Com as voltas perdidas para o reparo do carro, nossas chances de vitória e pódio foram embora. Mas nos mantivemos na pista com o objetivo de ir até o final e ainda conseguimos ganhar mais posições e faltou pouco para estar entre os três primeiros", destacou.

"A equipe fez um grande trabalho. Gostaria de agradecer ao Tracy Krohn por me dar a oportunidade de estar aqui em Daytona e a todos os membros da equipe", completou Zonta.

As 24 Horas de Daytona abriram o calendário 2010 do campeonato Grand-Am. As equipes dos demais brasileiros na prova terminaram em quinto (Osvaldo Negri) e em 26º (Raphael Matos) devido a uma quebra do motor de seu prototipo.

Os dez primeiros na 48ª edição das 24 Horas de Daytona:

1 Barbosa / Borcheller / Dalziel / Rockenfeller (Action Express Racing / Porsche Riley)
2 Papis / Pruett / Rojas / Wilson (Chip Ganassi Racing with Felix Sabates / BMW Riley)
3 Bouchut / Hunter-Reay / Luhr / Tucker / Westbrook (Crown Royal/NPN Racing / BMW Riley)
4 Braun / Jonsson / Krohn / Zonta (Krohn Racing / Ford Lola)
5 Frisselle / Negri / Pew / Wilkins (Michael Shank Racing / Ford Riley)
6 Angelelli / Lamy / Taylor / Taylor (SunTrust Racing / Ford Dallara)
7 Allmendinger / Frisselle / Patterson / Valiante (Michael Shank Racing / Ford Riley)
8 Bomarito / Ham / Haskell / Tremblay (SpeedSource / Mazda RX-8)
9 Bergmeister / Long / Neiman / van Overbeek (TRG/ Flying Lizard Motorsports / Porsche GT3)
10 Ballou / Collins / Flanagan / Henzler / Lally (TRG / Porsche GT3)

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