"O desejo e a motivação para regressar demora tempo a desaparecer, são precisos anos para abandonar a Fórmula 1. O Michael e eu abandonámos por razões diferentes, mas quando se era competitivo, a tentação de regressar quando nos foi pedido foi grande", começou por dizer o francês, que aquando do anúncio da intenção de Schumacher regressar à F1 afirmou não compreender o motivo.
"Se existia qualquer risco físico, Schumacher fez o correcto. O pescoço é crucial no automobilismo e se houver dor pode-se sentir náuseas e perturbar a visão", acrescentou. No entanto, Prost deixa em aberto a possibilidade deste cancelamento se dever às dúvidas acerca da sua competitividade.
"Resta saber se Schumacher parou apenas por causa da sua saúde, ou por que quando voltou a pilotar percebeu que a tarefa era difícil. Ele não participou em corridas nos últimos três anos e apenas tinha três semanas para se preparar", afirmou, acrescentando que "o corpo muda muito depressa quando se pára de correr e um piloto não reage da mesma maneira e a visão não é tão apurada. Quando regressei em 1993, depois de oito meses [parado] foi muito difícil encontrar a melhor forma, Schumacher pode precisar de mais tempo".
Por fim, a revelação de um regresso que esteve prestes a acontecer em meados da década de 90.
"Em 1994, a McLaren pediu-me para pilotar. Efectuei três dias de testes e apercebi-me imediatamente de que algo faltava. A velocidade estava lá, mas não a vontade de lidar com a pressão, com as viagens e com a imprensa. Um ano depois, Jean Todt sugeriu que eu fosse o companheiro de equipa de Schumacher para o ajudar a ser campeão na Ferrari. Teria sido claramente o número dois, tudo bem - quase o fiz, mas por fim, disse não pelas mesmas razões", concluiu Prost.
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