
Desde os 1000 Km de Jarama 2006 que a Pescarolo Sport não vencia uma corrida. Porquê?… perguntem aos regulamentos do ACO relativos à equivalência gasolina/diesel! Mas eis que - enfim! - três anos de semi-penitência depois, com numerosos pódios pelo meio, chega a vitória! E que vitória!
Este resultado não poderia ter aparecido em melhor altura, dadas as dificuldades da equipa, e ao alinhar apenas um carro nesta 3ª prova do LMS, Henri Pescarolo sabia os riscos que corria. Mas também é certo que o histórico grand slam - 5 vitórias em 5 corridas - conquistado pelos ‘Verdes’ em 2006 o havia sido com apenas um carro. Pilotos, engenheiros, mecânicos e assistentes, todos puderam saborear a alegria de uma corrida excepcional, nocturna, no novo circuito português do Algarve.
Se bem que algumas das equipas já tivessem testado em Portimão, para os pilotos da Pescarolo Sport o circuito era uma completa novidade. Com poucas rectas, curvas cegas, desníveis impressionantes e piso irregular, o circuito pôs à prova o físico quer dos pilotos quer dos mecânicos. Claude Galopin havia introduzido algumas modificações no Pescarolo Judd, após as 24 Horas de Le Mans, e mais uma vez só teve motivos para satisfação. Rápido e fiável desde os ensaios livres, o carro nunca largou a segunda posição da tabela de tempos. Infelizmente, a qualificação revelar-se-ia decepcionante, ao não conseguir ir além do 7º melhor tempo. JC Boullion, obrigado a recuperar a desvantagem, via assim a sua tarefa complicada, mas não demorou no entanto mais de 23 voltas até que se encostou à traseira do Aston Martin de Stefan Mücke, pressionando-o a tal ponto que este acabou por cometer um erro.
À 45ª volta, o Pescarolo-Judd toma a liderança e Tinseau entra em pista para cumprir o terceiro stint de corrida, à frente do Lola-Aston Martin #007 e do Oreca #10. Tinseau manter-se-á na liderança até soar o alarme sobre um problema na frente esquerda. Obrigado a entrar na box antes do previsto, constata-se que se trata apenas de um pedaço de relva sintética que ficara preso sob a carenagem dianteira, aproveitando a equipa para mudar de pneus, após o que o carro regressa à pista em 3º lugar mas mantendo a pressão sobre os primeiros.
A cada reabastecimento, o Lola e o Pescarolo vão trocando de posições na frente da corrida, enquanto atrás, na mesma volta mas sem conseguir intrometer-se, o Oreca de Senna/Monteiro se mantém na expectativa. O incidente havia sido pequeno, mas as consequências grandes, obrigando a equipa de La Sarthe a modificar a sua estratégia para a corrida. Boullion, de regresso ao volante, vê-se assim obrigado a recuperar não só o tempo perdido como ganhar cerca de 30″ de avanço ao Aston Martin para poder fazer um último reabastecimento a 4 voltas do fim da corrida em condições de manter a liderança. E Boullion fê-lo de tal maneira brilhante que conseguiu ganhar entre 1 a 2″ por volta ao Aston de Mücke, assegurando uma margem suficiente, de mais de meia-volta, para ganhar a corrida.
Foi uma corrida excepcional, de mestria e de estratégia, magnificamente servida por uma dupla de pilotos de grande qualidade. A equipa técnica, por sua vez, demonstrou uma vez mais a sua elevada competência e coesão, tendo a rapidez das paragens nas boxes contribuído de igual modo para o resultado final.
A diferença entre o Aston Martin e o Pescarolo nunca ultrapassou uma volta, tendo sido um grande espectáculo quer para quem assistiu à corrida ao vivo quer para quem a acompanhou pela televisão. Mas para quem viveu a corrida nos bastidores da box da Pescarolo, e em particular para Jean Py que veio dar uma força às suas ‘tropas’, o suspense manteve-se nos níveis mais altos até à última paragem de Boullion.
A quantidade e a qualidade das mensagens de felicitações confirma, se necessário fosse, o carinho do público e dos seus parceiros para com a Pescarolo Sport.
Fonte: http://www.lemansportugal.com/
Este resultado não poderia ter aparecido em melhor altura, dadas as dificuldades da equipa, e ao alinhar apenas um carro nesta 3ª prova do LMS, Henri Pescarolo sabia os riscos que corria. Mas também é certo que o histórico grand slam - 5 vitórias em 5 corridas - conquistado pelos ‘Verdes’ em 2006 o havia sido com apenas um carro. Pilotos, engenheiros, mecânicos e assistentes, todos puderam saborear a alegria de uma corrida excepcional, nocturna, no novo circuito português do Algarve.
Se bem que algumas das equipas já tivessem testado em Portimão, para os pilotos da Pescarolo Sport o circuito era uma completa novidade. Com poucas rectas, curvas cegas, desníveis impressionantes e piso irregular, o circuito pôs à prova o físico quer dos pilotos quer dos mecânicos. Claude Galopin havia introduzido algumas modificações no Pescarolo Judd, após as 24 Horas de Le Mans, e mais uma vez só teve motivos para satisfação. Rápido e fiável desde os ensaios livres, o carro nunca largou a segunda posição da tabela de tempos. Infelizmente, a qualificação revelar-se-ia decepcionante, ao não conseguir ir além do 7º melhor tempo. JC Boullion, obrigado a recuperar a desvantagem, via assim a sua tarefa complicada, mas não demorou no entanto mais de 23 voltas até que se encostou à traseira do Aston Martin de Stefan Mücke, pressionando-o a tal ponto que este acabou por cometer um erro.
À 45ª volta, o Pescarolo-Judd toma a liderança e Tinseau entra em pista para cumprir o terceiro stint de corrida, à frente do Lola-Aston Martin #007 e do Oreca #10. Tinseau manter-se-á na liderança até soar o alarme sobre um problema na frente esquerda. Obrigado a entrar na box antes do previsto, constata-se que se trata apenas de um pedaço de relva sintética que ficara preso sob a carenagem dianteira, aproveitando a equipa para mudar de pneus, após o que o carro regressa à pista em 3º lugar mas mantendo a pressão sobre os primeiros.
A cada reabastecimento, o Lola e o Pescarolo vão trocando de posições na frente da corrida, enquanto atrás, na mesma volta mas sem conseguir intrometer-se, o Oreca de Senna/Monteiro se mantém na expectativa. O incidente havia sido pequeno, mas as consequências grandes, obrigando a equipa de La Sarthe a modificar a sua estratégia para a corrida. Boullion, de regresso ao volante, vê-se assim obrigado a recuperar não só o tempo perdido como ganhar cerca de 30″ de avanço ao Aston Martin para poder fazer um último reabastecimento a 4 voltas do fim da corrida em condições de manter a liderança. E Boullion fê-lo de tal maneira brilhante que conseguiu ganhar entre 1 a 2″ por volta ao Aston de Mücke, assegurando uma margem suficiente, de mais de meia-volta, para ganhar a corrida.
Foi uma corrida excepcional, de mestria e de estratégia, magnificamente servida por uma dupla de pilotos de grande qualidade. A equipa técnica, por sua vez, demonstrou uma vez mais a sua elevada competência e coesão, tendo a rapidez das paragens nas boxes contribuído de igual modo para o resultado final.
A diferença entre o Aston Martin e o Pescarolo nunca ultrapassou uma volta, tendo sido um grande espectáculo quer para quem assistiu à corrida ao vivo quer para quem a acompanhou pela televisão. Mas para quem viveu a corrida nos bastidores da box da Pescarolo, e em particular para Jean Py que veio dar uma força às suas ‘tropas’, o suspense manteve-se nos níveis mais altos até à última paragem de Boullion.
A quantidade e a qualidade das mensagens de felicitações confirma, se necessário fosse, o carinho do público e dos seus parceiros para com a Pescarolo Sport.
Fonte: http://www.lemansportugal.com/
Um comentário:
Legal o encontro! Pena que a BMW está saindo da F1. Bons tempos em que ela fornecia motores competitivos para as outras equipes, como a Williams. Será que ela continua nesse ramo?
Depois dá uma passada lá no meu blog tbm. www.quilometro.blogspot.com
Vou linkar!
Abs
Gabriel
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